Depois de mais de 3 anos longe dos palcos, a banda faz um show memorável no tão conhecido palco.
Logo cedo, por volta das 21hs, as portas do Ocidente já estavam abertas esperando aqueles que viveriam a primeira de duas noites mais do que nostálgicas no espaço mais underground de Porto Alegre. O show fez parte do projeto "Boca Fechada Não Entra Mosca", que integra o "Ocidente Acústico", e ainda trará a Pata para mais um show do mesmo quilate no dia 27/10.
Pelo público presente na casa, poderíamos pensar que um festival de bandas gaúchas aconteceria naquela noite. As ilustres presenças de Juio Rizzo (Maestro - Orchestra da Ospa), Diogo Brochmann (Baixo - Dingo Bells) e Julia Barth (Vocal - Replicantes) abrilhantavam ainda mais o que seria uma noite de muita diversão e boa música.
Logo nas primeiras notas a banda já mostra ao que veio. Com uma levada sóbrea e constante, Gustavo Telles (Prego) deu começo ao grande show, o trio parecia possuído pela frequência de seus instrumentos batendo no peito. Com Daniel Mossmann e Gabriel Guedes revezando entre guitarra e baixo, a banda trouxe um vasto repertório, recheado de sucessos com o volume no talo e alto teor de psicodelia.
O discorrer do show foi como se a banda nunca tivesse entrado em hiato. Mesmo sem ter vocais, os fãs da banda cantarolaram todos os solos - por mais técnicos e rápidos que fossem - dando uma atmosfera muito caseira e acolhedora para a banda que estava longe dos palcos há 3 anos e meio. Cada solo feito por Gabriel ou Daniel, seja no baixo ou na guitarra, arrancava gritos de todos os presentes nesta mágica noite de quinta-feira, acresentando ainda mais ao som do trio.
Apesar de curta, essa volta da Pata promete deixar seus fãs mais saudosos de cabelo em pé, relembrando seus grandes sucessos com um repertório diferente para cada show. Pra quem não pode presenciar essa grande noite na semana passada, não se assuste; 27/10 tem mais show da Pata de Elefante no Ocidente; tem mais solo de guitarra virtuoso; tem mais baixo marcante batendo no peito; tem mais baterias mirabolantes; tem mais Pata de Elefante.
Viva a música instrumental!