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CENA HÍBRIDA SEG25JUL

CENA HÍBRIDA - 25JUL - COM INÊS MAROCCO

A entrevistada desta edição é diretora teatral e pesquisadora da formação do ator, principalmente em teatro. Professora do departamento de Arte Dramática (DAD) e do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Inês Marocco dedica a vida à pesquisa e formação de jovens atores e atrizes e, fora da Academia, assina os espetáculos do Grupo Cerco

Criado em 2008 dentro da Ufrgs, o coletivo tem diversas peças, dentre elas uma das que obteve mais destaque é Arena Selvagem, montagem vencedora do Prêmio Açorianos de Teatro 2018 de Melhor Direção (Inês Marocco) e dos prêmios Braskem em Cena 2019 de Melhor Espetáculo (Júri Oficial e Júri Popular); Cenym 2019 nas categorias Melhor Espetáculo, Melhor Direção (Inês Marocco), Melhor Elenco (Anildo Böes, Celso Zanini, Elisa Heidrich, Kalisy Cabeda, Manoela Wunderlich, Martina Fröhlich, Marina Kerber e Philipe Philippsen), Melhor Adereços (Diego Steffani), Melhor Grupo de Teatro (Grupo Cerco).

É sobre este trabalho que nossa conversa acontece, uma vez que o grupo está de volta com o espetáculo, em curtíssima temporada no Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835 – altos do viaduto), de quinta-feira a sábado (28 a 30/7), às 20h e domingo (31/7), às 19h. Os ingressos antecipados podem ser adquiridos através do Sympla ou no local das apresentações uma hora antes do início das sessões pelos valores de R$ 30,00 (meia-entrada) e R$ 60,00 (inteira). 

Construído através de pesquisa no Centro de Documentação Teatral Sônia Duro, que conta com textos dramáticos, muitos oriundos do antigo Departamento de Censura da Polícia Federal, livros de artes cênicas e videoteca, Arena Selvagem é livremente inspirado em textos de Carlos Carvalho, Franz Kafka e Carlos Drummond de Andrade. Além dos textos teatrais, a peça reúne conteúdos científicos, fragmentos de contos e cenas criadas pelo elenco.

Oito atrizes e atores se revezam em cena entre diversos personagens, executando, também, a trilha sonora autoral. Inês explica que a ideia da peça - que se passa em um ringue, literalmente - surgiu a partir do seu contato com a etologia (ciência que estuda o comportamento dos animais). Na ocasião, ela aprofundou seu estudo sobre a animalidade nos rituais humanos. "Nunca foi tão atual", comentou nossa diretora durante o bate-papo. A peça convida o espectador a entrar em uma arena onde seres humanos mostram seu lado animal, trazem histórias da cidade e da selva, falam de opressão e liberdade, de instinto e sobrevivência.  Emoção, risadas e nó na garganta garantidos pela interpretação visceral do elenco e pelos textos e músicas apresentados. Talvez quando vocês lerem este texto, as sessões já estejam esgotadas, ou ainda tenham alguns lugares na plateia. 

De qualquer forma, a peça deve cumprir novas temporadas nos próximos meses. Durante a entrevista, Inês ainda falou um pouco dos desafios e da delícia que é ter um grupo de teatro para trabalhar e deu uma pincelada sobre como tem sido a jornada da nova peça do grupo Cerco: Trago Sorte, Mentira e Morte. Muita informação bacana, em um bate-papo que tá delícia de ouvir, até porque acabaram os chiados, mores! Tá valendo demais apertar esse play. Vai lá e #escutanóis!

por Adriana Lampert

Apoio: Meme Estação Cultural

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