CENA HÍBRIDA – SEG 16JAN - COM ANA LUIZA DA SILVA, HAMILTON LEITE E VERA PARENZA
O programa desta segunda girou em torno de dois espetáculos de teatro, em formatos distintos. Um, de palco, é encenado pela atriz Ana Luiza da Silva, que se auto dirige com a ajuda de Jezebel De Carli para levar a performance Terra Adorada ao Teatro de Arena (Av. Borges de Medeiros, 835 – Centro Histórico) nos próximos dias 28 e 29, sempre às 20h. A iniciativa integra a programação do 24º Porto Verão Alegre. O outro é Deus e o Diabo na Terra de Miséria, peça de repertório da Oigalê Cooperativa de Artistas Teatrais, que acontece há mais de duas décadas em ruas e praças de diversas capitais do País. Para falar desta montagem, recebemos xs atores e produtores Hamilton Leite e Vera Parenza.
Executadas em 2023 dentro do projeto VII Corredor Cultural de Teatro de Rua da Oigalê, as apresentações de Deus e o Diabo na Terra de Miséria iniciaram no último dia 8 em Porto Alegre (no Brique da Redenção), e a partir do próximo domingo (21) seguem para Florianópolis (SC), Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Livre adaptação de Hamilton Leite do Capítulo XXI do livro Dom Segundo Sombra, de Ricardo Güiraldes, o espetáculo de rua que já foi assistido por milhares de pessoas e é um sucesso (inclusive com reconhecimentos em diversas premiações) teve sua circulação contemplada com recursos do Pró-Cultura RS/Fundo de Apoio à Cultura (FAC), do Governo do Estado.
Já Terra Adorada é um projeto que nasceu após uma intensa pesquisa de Ana Luiza, e que teve sua estreia em 2019, sendo premiado (Melhor Dramaturgia no Prêmio Açorianos de Teatro daquele ano e Segundo Melhor Espetáculo no Prêmio Braskem em Cena 2020). Voltado para o público brasileiro que não se considera indígena, o texto entrelaça narrativas vivenciadas em territórios Kaingang e Mbyá Guarani, notícias jornalísticas, dados históricos, palavras de pensadores indígenas contemporâneos, além de memórias sobre sua origem dos antepassados de Ana. Em cena, ela apresenta um olhar crítico sobre esse Brasil parido à força, inventado a partir das dores de mulheres pegas no laço.
Nossa conversa vai por este caminho de sinopses, concepções, desejos, premiações, circulações e tudo mais - mas não fica só nisso. Como todo bom ‘papo de boteco’ que costumamos promover, tem trocas, dicas e assuntos paralelos. Mas aí, para se inteirar deste rolê, vocês vão ter que apertar o play do podcast abaixo. Sendo assim, me limito a finalizar com o convite de sempre: chega junto e #escutanóis! Avante, queridxs.
Por Adriana Lampert
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