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Resenha: FAICHECLERES no Opinião sab09jul

Sábado foi dia de nostalgia no Bar Opinião, os Faichecleres voltaram a Porto Alegre após 10 anos sem pisar na capital gaúcha.
Depois de 10 anos do lançamento de seu último álbum (Indescente, Imoral e Sem Vergonha), os Faichecleres voltam a Porto Alegre em formação original para um "breve retorno à estrada", que contou com shows em Curitiba/PR e Porto Alegre/RS, e ainda vai passar por outras cidades do sul do Brasil.

O lugar escolhido para esse show único dos Faichecleres foi o Bar Opinião - e que lugar, diga-se. Um templo íntimo e aconchegante onde já tocaram boa parte dos gênios do rock n' roll mundial.

A banda escolhida para abrir a festa foi a Lokos D' Bira. Com um som rústico e irreverente, a banda entrou visivelmente emocionada no palco do Opinião - também não era de se esperar menos, afinal já passaram por ali os maiores nomes da música; é um palco de peso -, o power trio de Esteio/RS fez sua apresentação muito a vontade, esquentando a galera para o grande show que estava por vir. Gilson Loss, Vocalista da Lokos D' Bira, "estava realizando um sonho. O Cabelo [Lucas Hanke, guitarrista da Identidade] nos convidou pra abrir o show, e a gente ficou muito agradecido. Abrir o show de uma banda que a gente se dá tão bem e gosta tanto é muito bom. No palco do Opinião então...". Em aproximadamente 40 minutos de show, a banda enlouqueceu o Bar Opinião com seu rock denso e perspicaz.
Pontualmente às 20hs de sábado (09/07/2016), depois de tanto tempo sem mostrar toda a sua loucura no estado do Rio Grande do sul - e em todo o Brasil -, os Faichecleres adentraram o lendário palco do Opinião. Recebidos por uma platéia lotada e sedenta por seus hits, não teve muito assunto antes da primeira faixa. Trazendo todos os seus maiores hits do passado, a banda tocou como se nunca tivesse "dado um tempo". Giovanni Caruso (baixo e vocais), Marcos Gozatto (guitarra e vocais) e Tuba Caruso (bateria) tocavam incrédulos com a participação da plateia. Em seu maior hit, Aninha Sem Tesão, a banda foi totalmente abafada pelos fãs cantando freneticamente a música do início ao fim. Depois de sua última passagem pela capital, há 10 anos no Garagem Hermética - show em que os integrantes terminaram vestidos com calcinhas e seus instrumentos tão somente, com exceção do Tuba que escolheu ficar como veio ao mundo -, a banda mostrou que ainda se sente muito a vontade com o público gaúcho. "A gente resolveu fazer essa breve volta, e um dos lugares que a gente precisava tocar era Porto Alegre. A gente se identifica muito com o Rio Grande do sul. Eu (Giovanni Caruso) e o Tuba, que é meu primo, começamos as histórias de música em Rio Grande/RS. O Marcos [Gozatto] nos conheceu depois e a gente começou a tocar. Duas cidades não poderiam faltar nessas apresentações: Porto Alegre e Curitiba. Esse foram os melhores lugares que já tocamos".
Depois de muitos hits prórpios de sucesso, Giovanni Caruso convida a plateia a fazer uma "homenagem ao grande Júpiter Maçã. Nós não seríamos nada se não tivéssemos ouvido Júpiter. A gente deve muito ao mestre". Em uma versão bastante vocal e bem fiel a faixa original, os Faichecleres tocaram Tesuda e deixaram o Opinião em ruínas. Com riffs desajeitados e efervecentes a festa continuou com o melhor da banda. Como não poderia deixar de ser, a banda agradeceu a toda a produção do show e aos presentes pelo grande espetáculo, dando a entender que o show terminaria naquele instante - para tristeza das centenas de fãs que lá estavam. Mas, em um discurso engraçado, Giovanni Caruso propõe a platéia: "Vamos pedir pro Tuba ficar pelado de novo!". Aos berros de "Tuba pelado", o baterista cedeu ao clamor dos fãs e se pôs novamente como veio ao mundo - e como deve ser pouco confortável tocar bateria pelado.
Os Faichecleres finalizaram o show do Opinião mostrando que apesar do hiato feito pela banda, o prazer em tocar, a energia, a irreverência e a loucura ainda têm espaço reservado na vida desses caras.
Resta esperar que eles tenham voltado pra ficar.
Que show, meus amigos.
Por @dodovieira

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