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Chiquinha no Opinião, pois é pois é pois é...

(Fotos no fim do post)

Mais uma vez estava eu, no Opinião, aguardando a entrada de um integrante do seriado Chaves, desta vez completando a tríade dos coroas vivos e ainda na ativa que passaram por Porto Alegre. Era a Chiquinha com o espetáculo Fijate! Fijate! Fijate!. Um espetáculo bem menos introspectivo que o do Edgar Vivar, é verdade, mais semelhante ao show do Kiko, porém com todas as características principais da personagem: Teimosias, trampas, ranso e diversão.

A Chiquinha, no seriado, é aquela personagem coadjuvante que arma o roteiro, prepara a cena e serve de apoio para as transições. No espetáculo, como personagem principal, assim como Carlos Villagrán, ela precisa de um “mestre de cerimonias” para fazer a mão de dar andamento nas piadas.

Maria Antonieta, uma simpatia no palco, começa o show dizendo que esperou 42 anos para vir ao país mais bonito do mundo...e que falou a mesma coisa quando esteve na Argentina. Neste clima de rebeldia inerente à Chiquinha, interpretando a clássica criança marrenta, Maria Antonieta de las Nieves apresentou músicas em espanhol pouco conhecidas do público (playbackão pegando) mas com toda a lata de show-woman pertinente aos mexicanos. Dividiu a plateia em dois para fazer brincadeiras, chamou uma galera para dançar Gangnam Style no palco - uma das partes mais engraçadas por sinal - interagiu muito com o público e um pouco com a sua dubladora, Cecília Lemes, que durante o show ficou sabendo pelo What’s Up que era avó (bisca abuela, segundo a Chiquinha)

Durante o espetáculo, muita troca de roupas e esquetes, incluindo o casamento da Chiquinha (com vestido de noiva e tudo) com o Chaves (um rapaz da platéia escolhido por ela).

O momento emocional ficou por conta da finaleira, quando o mestre de cerimonias fala pra ela que se continuar com grosserias, vai contar para o seu madruga e sai de cena. A luz baixa e fica apenas uma cor púrpura no palco, com bolas de sabão refletindo a luz como estrelas e ela começa a chorar, olhando para o céu, conversando com o seu pai e todos os personagens mortos da vila, dizendo que sente saudades mas que sabe que eles estão bem. É nessa hora que podemos sentir o poder de atuação de Maria Antonieta e enxergamos uma criança triste realmente falando com seus entes queridos falecidos. Foda-se, eu chorei pra caralho. #prontofalei.

Galeria de fotos:

Fotos: Mário Pertile e Viviane Becker

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